Um Bálcã negro

A cada cigarro, um senso de urgência. E cada um terminou, uma sequência comercial em preto e branco que contrasta com a sobriedade do sujeito. É com esse ciclo que funciona Um Noir dos Balcãs: não há cenas em que pelo menos um dos personagens esteja sem cigarros na mão, e nenhuma cena traz uma sensação de bem-estar. Muito com a história em si, porque o drama familiar entre dois pais que fizeram sua filha desaparecer há cinco anos tem um ambiente contemporâneo. No entanto, o estilo cinematográfico está presente na decoração, no jogo de luzes quentes e cores. A mistura dessa estética sedutora com o drama funciona até certo ponto, mas a repetição da estrutura gradualmente perde seu significado. O fato de todas as passagens terem a presença de um personagem fumante do início ao fim permite “adivinhação”.

Leia a crítica

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *