Acima de tudo, Rio 2 é um filme infantil. Desmatamento, espécies ameaçadas de extinção, disputas de terras, relações interpessoais (como a de Blu e seu padrasto), vingança (Nigel) e decepção amorosa (a de Gabi, a rã “tóxica”) . . . Muita informação com uma divisão quase desigual em No Palco, Rio 2 é construído com canções e coreografias surpreendentes do início ao fim. A primeira metade do filme é reservada ao riso e às boas piadas, enquanto a segunda metade, além de ser rápida, o roteiro deixa um bom humor um tanto reservado. No caso de um longa-metragem infantil, o filme transmite todos os valores necessários como a importância da família, dos amigos e como lidar com os contratempos. Quando o assunto é cultura brasileira, somos bem atendidos. A festa de réveillon da praia de Copacabana e o roteiro da viagem ao estado do Amazonas foram muito bem apresentados, deixando na tela as peculiaridades de Minas Gerais, Bahia, Goiás, Mato Grosso e Manaus. A disputa territorial liderada pelas araras vermelhas nos dá uma leve impressão da grande disputa de Parintins-AM, quando todo o mês de junho os bois Caprichoso e Garantido (azuis e vermelhos respectivamente) lutam em uma competição onde todos ganham. Mas um pouco mais da cultura amazônica não faria mal por muito tempo, já que as araras mencionam a importância dos castanheiros para sua sobrevivência e comem açaí em abundância. É definitivamente um filme sério, com um ritmo ligeiramente acelerado, mas com um conceito artístico que atinge a excelência. Em 1h42, a Rio 2 mostra com total transparência o “caminho brasileiro” que passa por tudo, até para combater o desmatamento na Amazônia.
5 0
- As luzes se apagam.
- O filme começa e você já sabe o que está por vir.
- Afinal o tema da Raposa está tocando no ritmo do samba.
- Em seguida.
- Eles nos levam para um passeio de Réveillon até Copacabana.
- A cor tradicional do Ano Novo.
- O branco.
- Só se encontra no? Humano? da praia.
- O desfile de penas coloridas nos agracia no momento seguinte.
- É por isso que conhecemos a família de Blu e Jade que cresceu com seus três netos: um adolescente que mora com fones de ouvido.
- Outro estudioso sempre armado de uma enciclopédia e um bom menino que adora futebol.
- Ou seja.
- A típica família brasileira.
- Porém.
- A vida pacífica e sociável das araras chega ao fim quando elas decidem fazer uma viagem à Amazônia.
- Junto com Nico.
- Pedro e Rafael.
- Para ajudar outros exemplares da espécie que por lá estão.
- Túlio e Linda também são aventureiros nesses acampamentos.
- Assim.
- Com GPS nos pés e um pacote divertido.
- Blu parte com sua família e amigos.
- Mostrando as maravilhas do interior do Brasil ao passar por Ouro Preto.
- Brasília e Salvador.
- Em meio a tudo isso.
- Nigel.
- A cacatua que no momento mais parece uma galinha.
- Busca vingança.
- Mas ele não vai sozinho: Gabi.
- Uma rã tragicamente apaixonada e apaixonada com o tom de Shakespeare.
- E Carlitos.
- Um tamanduá mudo com cabelo de cogumelo ao lado dele.
- Ao chegar à selva.
- A aventura se forma.
- Pois ao mesmo tempo em que ficamos sabendo que o pai de Jade está lá.
- Também vemos Túlio e Linda se depararem com madeireiros ilegais derrubando a mata.
- Como se isso não bastasse.
- Nigel ainda tem.
- Blu se perde em tudo isso.
- Pois embora ainda queira agradar à esposa.
- Sabe que seus modos não condizem com a floresta.
- Começa então um confronto entre Blu e seu padrasto.
- Ou seja.
- A previsível discordância entre civilização e selvageria.
- A presença de Roberto.
- O George Clooney das araras azuis.
- Também é previsível.
- Um pássaro carismático e corajoso.
- Amigo de infância de Jade.
- Que faz Blu se sentir completamente inadequado.
- A parte mais engraçada do filme acontece quando Nico.
- Pedro.
- Rafael e Carla fazem uma seleção de novos talentos para o carnaval.
- As lutas das tartarugas da capoeira faziam o cinema rir.
- Assim como a Orquestra Sinfônica do Mosquito que termina quando uma delas é morta com as palavras: “AH! É dengue? Para complicar ainda mais a história.
- O padrasto de Blu tem suas próprias desavenças com as Araras-vermelhas que são resolvidas de uma forma muito criativa: em um jogo de futebol.
- Esse detalhe tem enorme riqueza cultural já que em Parintins.
- Na Amazônia.
- Acontece uma famosa festa folclórica onde ao final há uma discussão entre dois bois: um azul e outro vermelho.
- O curso da história é óbvio: os animais devem se unir para salvar a floresta do desmatamento.
- Mas é abordado de uma forma tão bela que o aprendizado é natural.
- É impossível não sentir um aperto no coração enquanto Blu abre suas asas e se vê cercado pela destruição.
- Acho que a mensagem foi transmitida sem esse eco-engano.
- Às vezes a trama fica embaraçada e os personagens esquecem.
- Mas no final tudo dá certo.
- Sem falar na trilha sonora que é incrível! Dá vontade de se levantar da cadeira e dançar.
- Os tambores soam no fundo da alma.
- Ainda assim.
- é visível que nenhum charme é encontrado no primeiro.
- Mas você pode ir ao cinema com as crianças sem rosnar e levar para casa uma educação ecológica muito importante.
- Aprendida com boas risadas.
- Pipoca e refrigerante.
4 0
Não pode ser considerada uma obra-prima. Mas o novo filme de Carlos Saldanha é certamente interessante. Além de se divertir e relaxar, “Rio 2” traz uma mensagem de conscientização muito interessante e importante. Bem, enquanto o Rio explorava o tema do tráfico de animais, esta filmagem destaca o desmatamento da floresta amazônica e a conseqüente extinção dos animais que ali vivem. O assunto é tratado com muita dignidade e dá um importante alerta sobre esse perene problema. Além disso, as dificuldades desse Blu? Um pássaro? da cidade? ? Ela tem que se estabelecer na floresta e seu relacionamento novo, mas já complicado, com seu padrasto também é muito centrado na trama. Sem falar na vingança de Nigel, na busca por personagens coadjuvantes de um talento para trazer para o carnaval carioca, a rixa entre as araras-azuis e vermelhas e algumas outras coisas. Como você pode ver, o que acontece é que muitas vezes a história acaba se perdendo em tantos subenredos. Um erro de script e também um erro de edição. Às vezes, a ênfase é demais em algo bastante mundano, deixando para trás histórias que despertariam mais interesse no espectador. Por outro lado, o filme é muito engraçado. Ótimas fotos (às vezes com um toque de humor negro), belas canções e apresentações musicais, e incorporações muito bem elaboradas da vida humana à realidade dos pássaros. Além disso, o filme é magnífico. Absolutamente incrível. As cores, os detalhes, o cuidado com que cada animal foi desenhado e a maravilhosa adaptação das paisagens fazem da produção um verdadeiro salto visual, para quem nem precisa ver o filme em 3D para apreciá-lo. Fresco. Pode não ser a melhor animação do ano, mas definitivamente vale a pena ir ao cinema. Nem que seja para se deslumbrar e relaxar um pouco.
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