Peludo

Nas décadas de 1960 e 1970, o cinema independente americano se destacou tanto por seu inovador registro estético – câmera fluida, personagens livres de cena, fotografia naturalista – quanto pela imagem brutal da marginalidade no país. Scorsese e Paul Newman encontraram uma maneira criativa de falar sobre os excluídos e a crise ideológica e financeira da era pós-Guerra do Vietnã. Hunky Dory é um herdeiro direto dessa tradição. O filme de 2016 mostra um novo grupo de marginais, mas com o vigor e a liberdade de produções do passado; em um ano particularmente marcado por voltas políticas à direita e cortes no investimento em programas sociais, essa produção pode ser lida como sintoma de uma nova crise. Sidney (Tomas Pais), um aspirante a estrela do rock que trabalha como drag queen em um bar decadente, é um ferrão. . .

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