Os criadores de A Divisão justificam as fotografias sangrentas da série Globoplay: “Violência terá que perturbar”

Entrevista com o diretor Vicente Amorim, o produtor José Junior e o elenco sobre a série que retrata a divisão anti-sequestro na década de 1990.

Os primeiros episódios da série A Division do Globoplay surpreenderam jornalistas convidados para uma conversa com criadores e atores. Para retratar a Divisão Anti-Sequestro, ou DAS, o diretor Vicente Amorim mergulha os protagonistas Mendonca (SE Guindane) e Santiago (Erom Cordeiro) em uma rotina. corrupção, tortura e numerosos tiroteios, iniciados por bandidos e policiais.

  • Para José Junior.
  • Produtor da série AfroReggae Audiovisual.
  • O registro dessas operações.
  • Inspirado em casos reais da década de 1990.
  • Foi positivo: “DAS nunca pagou resgate.
  • Nunca perdeu uma vida.
  • Os métodos não eram os melhores.
  • Mas felizmente.
  • Ou infelizmente funcionou.
  • “Junior indicou que o DAS era a única medida efetiva contra a criminalidade.
  • Ao contrário das UPRs e projetos similares.

A corrupção e tortura da polícia não é condescendente?Vicente Amorim não acredita. ” A Divisão não faz nem demoniza a propaganda policial. Na segurança pública, em todo o mundo, não há bons, apenas maus. Caras. A série não pretende o fim para justificar a mídia, mas faz essa pergunta”, explica.

Os criadores acreditam que a história retrata a “verdade” das favelas brasileiras e do crime. “A maior parte do que vi no audiovisual brasileiro sobre a polícia é falsa”, decreta Júnior, antes de abrir uma exceção à Tropa de Elite, considerou. “uma referência no cinema nacional para mostrar realidade nua, quer você concorde ou não. “

Amorim concorda: “A ideia é transmitir uma ideia de desconforto permanente. A violência deve ser irritante, não pode ser normalizada. ” Para Junior, no entanto, a série só deve surpreender o público “do sul”, diz ele, referindo-se às regiões privilegiadas do Rio de Janeiro. “As pessoas na periferia vivem isso todos os dias. “

Os atores explicaram que a principal preocupação era escapar de estereótipos e buscar a humanidade por trás desses personagens “quebrados” em um nível que não pode ser corrigido”, segundo Amorim. “Tivemos que ir contra a sedução pegando a arma na mão e fazendo uma cara feia”, explica Guindane, que interpreta o personagem conhecido como “genocídio”. Ele explica que recebeu um treinamento extensivo para fazer o rifle parecer uma extensão do meu braço.

Marcos Palmeira comemorou a possibilidade de imersão nesse universo: “AfroReggae permitiu o acesso a partes da favela que nunca poderíamos alcançar”, o que teria sido fundamental para a construção dos personagens. De acordo com Junior, as filmagens foram temporariamente interrompidas para as filmagens. de algumas cenas.

Questionado sobre a proximidade entre a violência dos anos noventa, retratada na Divisão, e a fase atual, Erom Cordeiro desenha: “Enquanto não houver declínio da desigualdade, a situação não se desenvolverá”. Esses crimes teriam sido resolvidos”. só porque perturbam a elite higiênica e escrava “ao lidar com o sequestro de parentes de políticos e empresários, acrescenta Guindane, antes de sugerir que se encontrassem uma maneira de controlar o crime envolvendo os ricos, seria possível aplicar as mesmas práticas nas favelas.

A primeira temporada de A Divisão chega ao Globoplay na sexta-feira, 19 de julho, o longa-metragem baseado na série, com cenas inéditas, está previsto para o primeiro semestre de 2020.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *