O Gato do Rabino

Na Argélia na década de 1920, o rabino Sfar (Maurice Bénichou) vive com sua filha Zlabya (Hafsia Herzi), bem como um papagaio falante e um gato sem nome (Fransois Morel), que devora o papagaio e começa a falar sem parar. Para não estar longe de sua amada amante, o gato decide se converter ao judaísmo, e começa a entender melhor os fundamentos da religião. Ao mesmo tempo, a chegada inesperada de um judeu russo na cidade força o rabino e seu amigo, um líder islâmico (Fellag), a atravessar na África, um lugar marcado pelas mais diversas crenças religiosas, raças e línguas. Vários novos amigos – e inimigos – cruzam o caminho desta caravana.

Como o próprio gato diz na introdução, ele nunca teve um nome. Ele sempre foi o gato do rabino. Esses dados mostram o quão importante este filme será não apenas em seu proprietário, mas no tema do respeito à autoridade religiosa, colocando sua história em uma Argélia predominantemente muçulmana, mas em uma cidade judaica, e sob influência católica francesa, a produção lançou seu discurso sobre a pluralidade de crenças desde o início. O cartaz brasileiro indica que se trata de uma fábula de tolerância, que pode dar a impressão (errada) de que seria um filme moralista, politicamente correto. Felizmente, com exceção de mais uma ou duas cenas explicativas adicionais, a história evita o tom conciliador e prefere o humor irônico, representado pelo protagonista, o gato. Com a voz original de François Morel, este personagem é o maior trunfo do filme: apesar das características esquemáticas de seu design, não é propício para . . .

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