Na introdução deste drama biográfico, o pintor Paul Gauguin (Vincent Cassel) se apresenta como o típico artista marginal: produz pinturas que ninguém compra, passa suas noites em cabarés, bebe com amigos, ignorando sua esposa e vários filhos, que nunca demonstra afeto. Este é o ideal do artista problemático, libertário e libertino, cujo gênio é incompatível com as regras sociais. Gauguin não entra na vida de um empregado, um marido, um homem de família. É por isso que será a natureza crua, especificamente no Taiti, onde “você não precisa de dinheiro porque você pode caçar e nadar no rio”, diz ele. A porta de entrada para o projeto do diretor é o fetiche, seja o do gênio excêntrico, o de natureza generosa ou o fetiche do bom selvagem. O espectador pode justamente temer que o drama adote essa visão como um . . .
Leia a crítica
3 Avaliações do leitor