A naturalidade com que críticos e espectadores têm tratado os documentários narrados pelo diretor, em primeira pessoa, se o criador fala através de sua obra, não há nada mais natural do que literalmente colocá-lo em uma narrativa improvisada, certo?A presença de sua voz, sua opinião sobre a trilha sonora, tenta misturar o discurso do filme com o discurso da pessoa e, finalmente, promover a fusão do autor e da obra. Há uma estranheza na forma como um diretor se torna um personagem, não só para admitir sua presença aos entrevistados – como Eduardo Coutinho, Claude Lanzmann também – mas falar, afinal, de si mesmo, controlando completamente a narrativa, a fotografia é um bom exemplo desse sentimento desconfortável. narra o projeto de vocação didática, evocando os grandes fotógrafos que retrataram o Brasil no primeiro semestre. . .
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