Festival do Rio 2018: Sombra do Pai traz terror ao drama do círculo familiar brasileiro

De acordo com um longa-metragem de Gabriela Amaral Almeida, A Sombra do Pai é o retrato de uma família quebrada, após a morte de sua mãe, a pequena Dalva é deixada aos cuidados de seu pai, Jorge (Julio Machado) e tia, Cristina. (Luciana Paes) Quando o pai adoece após um acidente de trabalho, a filha deve deixar sua infância para cuidar de seu pai, que por sua vez tem que lidar com a frustração de perder aspectos de sua paternidade.

O estranho núcleo familiar dá origem a uma trama de horror que usa o abandono como metáfora para introduzir um pai zombificado e trazer ao texto religiões de origem africana envoltas em crenças e magia.

  • Para o diretor.
  • Que apresentou o filme e falou com o público durante o Festival do Rio.
  • Bons filmes de gênero têm algo a ver com drama.
  • “Acredito muito em boas histórias.
  • E acho que o tipo de terror visa criar temas alegóricos.
  • Que precisamos falar? É assim que eu posso ver o mundo.
  • Para mim.
  • Bons filmes de terror são filmes sobre a vontade de amar.

Para Luciana Paes, que já havia trabalhado com Amaral Almeida em projetos anteriores, A Sombra do Pai tem algo especial: “Gabriela é uma diretora que trabalha muito com o inconsciente. E diz algo muito seguro. O cinema deve trabalhar o inconsciente, caso contrário. “não faz sentido ser uma coisa tão grande.

Questionado sobre o fascínio gerado pelo terror e o que ele representa no cenário político, o cineasta refletiu:

“Você tem que ter cuidado, porque o filme de terror é uma alegoria. E por fora, as coisas são mais alegóricas do que na tela. Estou fazendo um documentário em pouco tempo. Estamos em um momento, no Brasil e no mundo, de transição, de bases muito móveis. E nesse sentido, horror é força, representa medo do desconhecido. O espírito da época traz a oportunidade de salvar essas histórias.

Um dos elementos mais sensíveis do filme, a espiritualidade é trabalhada a partir das variadas crenças identificadas no Brasil. Almeida diz que a importância desse detalhe reflete sua própria criação na Bahia e a mistura de elementos que conhecia desde a infância. “A espiritualidade de Dalva. ” Funcionou de uma forma muito infantil”, compartilha. “No set, criamos uma relação com objetos, criamos um canto e começamos a dar sentido aos elementos de seu cotidiano. Boneca, velas, pincel, giz. . . e a partir daí criamos uma mitologia.

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