Cleiton Thiele / Agência Pressphoto
Por mais que já tivesse um Kikito em sua prateleira, curiosamente Ramos nunca havia subia ao palco do Palais des Festivals, quando recebeu o prêmio de melhor ator por sua atuação em Cafund (2005), ele estava ocupado com outros compromissos. e não pôde comparecer ao Festival de Gramado. Um vazio que, 19 anos depois, finalmente se encheu.
- Vencedora do Troféu Oscarito deste ano.
- Ela subiu ao palco.
- Já aclamada por tantas atuações marcantes do cinema brasileiro: Madame Sato.
- O Homem que Copiou.
- Meu Tio Matou um Cara.
- Cidade Baixa e O Beijo no Asfalto são apenas alguns No entanto.
- Foi com uma participação sombria em um filme infame que o ator foi convocado para o palco.
- Após a grande exibição de sua cena de dança com Carla Pérez.
- O público.
- é claro.
- Riu.
- Como Lázaro.
No palco, ele lembrou ao menino baiano que tantas tardes ele se mudou para o cinema, “numa época em que era possível assistir várias sessões comprando um bilhete único”. E dedicou o troféu não só àqueles que ajudaram a moldar seu gosto pelo cinema, mas a todos aqueles com quem trabalhou e que o inspiraram, especialmente a atriz Ruth de Souza, que morreu em 28 de julho deste ano.
“Hoje vou me dar o direito não só de agradecer às pessoas que me deram trabalho e confiaram em mim. Hoje quero agradecer às pessoas que fizeram filmes neste país, que me fizeram sonhar. Tenho que agradecer ao Dedé e ao Trapalhaes por ter certeza de que todo ano eu estava esperando um filme para assistir e eu estava nesse lugar, no meu país, tenho que agradecer a todos os cineastas que fizeram isso saudável produzindo comédia, que também é muito importante para a indústria e fala muito sobre nós.
Tenho que agradecer aos cineastas pernambucanos e gaúchos, que contaram histórias que nunca imaginei que existiam e por isso me transportei para outros mundos e reediquei meus olhos, perdi meus preconceitos. Quero agradecer como público, pelo que o cinema brasileiro fez por mim, moldou minha identidade. Se estou aqui, é por causa do cinema brasileiro que eu vi.
Quero agradecer ao Bulbul, quando vi a Alma no Olho e entendi que também era possível usar a câmera como arma, para a transformação, é isso que eu quero comemorar nesse prêmio que me faz tão honesto: diversidade. que é o cinema brasileiro, e nunca devemos perdê-lo de vista!Todo mundo precisa de uma voz para contar todo tipo de histórias.
Por fim, dedico este prêmio à minha esposa Tas [Ara-jo], aos meus filhos, ao meu pai que tanto amo, dedico também à Dona Ruth de Souza, que foi mãe de mim. Ele se perdeu, com toda a inspiração que trouxe para esse garoto negro que não sabia que podia sonhar e agora espera fazer mais pessoas sonharem. “
Atualmente, em meio às filmagens de Detetives em Blue Prédio 3, Ramos estará muito presente nas telonas nos próximos meses, o ator já está em Running Back e Silence of the Rain e M8 – When Death Helps Life. Além disso, o ator se prepara para estrear como diretor de ficção em Medida Provisória, que estreará no primeiro semestre de 2020, ainda sem assento.