Desde o início da 51ª edição, o Festival Brasileiro de Cinema tem oferecido um diálogo enriquecedor entre os curtas-metragens e longas-metragens apresentados na mostra competitiva.
Com o cinema de bunda, o último dia da competição se concentrou em filmes sobre identidade de gênero e diversidade sexual, nos quais corpos não convencionais são vistos como uma forma de resistência política.
- Bixa Travesty.
- De Cleudia Priscilla e Kiko Goifman.
- Teve sua primeira exposição brasileira após sua passagem de sucesso por festivais internacionais.
- Incluindo um prêmio em Berlim.
- O documentário oferece uma forma tão radical quanto sua protagonista.
- Linn da Quebrada.
- Cujas canções e performances desafiam o Look reduzido à dicotomia masculino-feminino.
- “Queremos destruir o patriarcado”.
- Disse o artista dentro do Cine Brasília.
- Recebendo uma salva de palmas da plateia.
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Entre os curtas-metragens, Reforma, de Felipe Leal, apresenta o diretor interpretando o papel de um jovem gay, insatisfeito com seu corpo gordo, mas sem querer perder peso para agradar os outros. O cineasta faz parte de um novo grupo de cineastas LGBT. que exploram sua própria nudez e filmam-se em atos sexuais como uma forma política de auto-oposição.
O curta é muito focado no corpo do personagem, mas ele sabe disso e se questiona nos diálogos, o personagem também sabe que pode emagrecer, que pode encontrar um namorado tão gordo, então nega antecipadamente todas essas acusações . A Reforma conhece bem os argumentos que pode receber e tenta contestá-los com franqueza e bom humor.
O BR3, de Bruno Ribeiro, amplia o escopo da representação de três personagens no Complexo da Maré, no Rio de Janeiro: duas mulheres transexuais e um homem trans exploram formas de ser felizes com seu corpo e sexualidade, sem a necessidade de aprovação dos outros. Em dois casos, a autoafirmação é feita pela série: Kastelany se imagina como uma diva, como Beyoncé, e Mia se torna uma influenciadora digital; no terceiro caso, a aceitação envolve cirurgia para retirada dos seios e permitir que Dandara se sinta confortável com ela. corpo durante o sexo.
O visual é simples, em imagens bem filmadas e montadas. Sem um discurso externo, o curta-metragem transmite a autonomia dos três em um ambiente de acolhimento da ONU para a diversidade de gêneros e gêneros: veja a bela cena final. Este é um dos destaques. Competição.
No sábado, ele também sediou os primeiros filmes da exposição A Arte de Viver, voltada para projetos de arte e artistas. Orin: Música para o Orixus, de Henrique Duarte, busca valorizar a palavra candomblé, focado, iorubá. Apesar das boas intenções, a execução tem muitas falhas técnicas e discurso frágil. Em um festival com tantos documentários excelentes, as deficiências deste trabalho tornam-se ainda mais claras.
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O documentário Humberto Mauro, dirigido pelo sobrinho-neto do cineasta, André Di Mauro, foge das biografias convencionais ao oferecer uma extensa colagem de filmes feitos pelo diretor, comentados por ele mesmo em entrevistas concedidas nos anos 60. O resultado pode não ser verdadeiramente inovador, mas mostra refinamento na edição e um raro sentido poético em um projeto histórico.
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O último dia do 51º Festival de Brasília apresenta A Roda da Vida, de William Alves e Zefel Coff, no final da Mostra A Arte da Vida, além do filme de encerramento América Armada, de Pedro Asbeg e Alice Lanari. 18h40, os vencedores da edição 2018 serão apresentados no Cinema Brasília.