Desde as primeiras cenas, Sawyer Valentini (Claire Foy) aparece como uma figura neurótica e angustiada prestes a atacar ou ser atacada por alguém; quando um colega de trabalho caminha pelo corredor da empresa, ela está com medo; Quando o chefe o chama para um encontro, ele sente que está sendo assediado sexualmente. Logo depois, ela confessa ter sido perseguida por um homem no passado, mesmo considerando o suicídio como fugaz, irresponsável. Mas quem nunca teve dificuldades, certo?
Unsane gosta de brincar com as certezas do espectador. Já que estamos colados ao Sawyer, tendemos a apoiá-la, mas o roteiro de Jonathan Bernstein e James Greer toma precauções para criar dúvidas sobre a versão do protagonista, ela está dizendo a verdade?Ela não era louca? Alguns de seus argumentos são, de fato, muito difíceis de seguir. Depois de ser forçado a uma clínica psiquiátrica, sabemos que uma grande injustiça está cometida, mas não exatamente a quem. A história requer um julgamento constante por parte do espectador, oferecendo-se para mudar de ideia a cada dez minutos.
- No segundo ato.
- Quando a verdade é revelada.
- O suspense perde um pouco de sua força.
- Steven Soderbergh transforma o jogo de identidade em um thriller mais tradicional.
- Uma busca comum.
- O espaço do hospital psiquiátrico é bem explorado.
- Assim como uma série.
- Informações legais e médicas.
- Que garantem a plausibilidade mínima da narrativa.
- Temem compreender a forma crível como uma pessoa pode ser presa em um lugar contra suas forças.
- Com a maior proteção constitucional possível.
- Por sua vez.
- Claire Foy consegue continuar a agir na ambiguidade necessária entre razão e loucura.
Felizmente, o último terço toma todo o poder da história, e vai mais longe. O tolo se torna uma história de terror lixo, com uma série de reviravoltas espetaculares, perseguições e mortes. O projeto nunca escondeu sua aparência de “filme B”, um pouco fácil em suas resoluções, interessado em causar mais sensações do que reflexões, nesse sentido filmar com um iPhone se torna mais do que apenas uma curiosidade: é um recurso relevante para o surgimento do amadorismo, exploração, além de ser organicamente inserido em uma história com celulares e tecnologia em primeiro plano.
Talvez o resultado seja pouco mais do que um jogo, mas eficaz e plenamente consciente de sua função. A cena final engraçada fez o público rir, enquanto concluía um psicológico sob suspense. Da mesma forma que Quentin Tarantino e Robert Rodriguez jogaram para salvar os filmes de má qualidade dos anos 1970 com Proof of Death e Planet Terror.
No meio de tantas produções terroristas e suspensões psicológicas chamadas?Sério? No circuito comercial, com construções risíveis de seus personagens e motivações, é muito mais saudável descobrir um projeto que reconheça essa operação e seja assumida como uma mistura de paródia e homenagem Além de investir funcionalmente no gênero, serve como uma provocação ao estado da indústria americana no século XXI.
Filme visto na 68ª edição do Festival Internacional de Cinema de Berlim em fevereiro de 2018.