Crítica AdoroCinema para O Mistério da Felicidade: Comédia Agridoce

Como centenas de comédias populares, este trabalho argentino foca na diferença de gênero e no choque de opostos: os homens devem ser crus e insensos, mas quando o empresário Eugenio (Fabion Arenillas) desaparece, é seu melhor amigo Santiago (Guillermo Francella) que é a Bela Insensível (Inés Estévez), a esposa dos desaparecidos, assume o papel de seu marido no negócio e continua com a vida de seu delicado homem : Esta pode ser uma versão hispânica de If I Were You, mas felizmente a história de Daniel Burman assume outros horizontes.

O tom é leve, mais dramático do que cômico. Não há piadas físicas, piadas escatológicas, nenhuma farsa absurda, desde o desaparecimento inicial a sequência é bastante plausível, mesmo um pouco monótona, removendo seu desespero da tristeza, e desde o início, sua euforia. Santiago e Inês chegam a Se conhecidos, trabalham juntos e de repente se tornam pessoas menos comuns do que seus estereótipos sugerem. Ele não é tão apático, ela não é tão cerebral quanto parecia. Os opostos são atraídos, afinal, mas não necessariamente no romance (como o cartaz brasileiro parece sugerir), mas no equilíbrio das sensibilidades.

  • Quando ele tenta se tornar uma comédia pura.
  • A história chega aos seus momentos mais fracos.
  • Burman entra nessas cenas.
  • Incluindo a presença desnecessária de um detetive e uma cena de abertura sem fim.
  • Projetada para mostrar como amigos inseparáveis realmente são.
  • Momentos dramáticos.
  • Na doce convivência entre os protagonistas.
  • Burman demonstra seu talento como diretor.
  • A cena em que Santiago e Inês conversam até dormirem.
  • Deitados na cama sob uma rede de mosquitos.
  • é realmente comovente.
  • Sem ter que apostar em reviravoltas.
  • Ou conflitos incidentais.

Os atores são muito bons, eles se sentem confortáveis neste tipo de material. Francella, recentemente vista nas telas brasileiras com o Coracao de Leo?O amor não tem tamanho, reequilibra o humor e a tristeza nas mesmas cenas, com seu rosto expressivo e belo trabalho de voz Estévez gradualmente complica sua personagem, tirando-a do clichê da senhora drogada. Sob sua aparência rígida, Laura mostra a dor de um casamento cansado e sem paixão.

Quanto à presença brasileira na trama, é menos narrativa do que produtiva. As belas praias de Grumari aparecem como um idílio, um cenário exótico para pegar turistas argentinos. A presença dos personagens em solo brasileiro tem pouca relevância narrativa (a cena poderia ocorrer em qualquer canto remoto da própria Argentina), justificada principalmente pela necessidade de valorizar o produtor brasileiro envolvido, porém, é neste cartão postal no Brasil que entrega um final respeitoso, se não inovador.

O resultado final é delicado e bem feito, mesmo que nunca se aprofunde tão profundamente nos personagens como parece prometer, é feito na medida certa para não perturbar ninguém, não para ofender a sensibilidade, mas também para não perturbar os olhos. Outras vezes, pode ter sido um trabalho um tanto memorável, mas mostrado entre dezenas de comédias estúpidas e estúpidas, este humor adulto se destaca como um produto acima da média.

Filme visto no Festival do Rio de Cinema em setembro de 2014.

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