Em 2000, Christopher Nolan surpreendeu o mundo com o lançamento de Amnésia, seu grande apelo foi a engenhosidade do roteiro e edição, que permitiu contar à trama, literalmente, ao contrário, foi um exercício no talento de um diretor que estava apenas começando e, ao mesmo tempo, um desafio para o público. Uma década depois, Nolan repetiu o feito com A Origem, apenas em níveis muito mais ousados.
A origem é a primeira e foremos é tudo um filme de diretor. Essa afirmação pode parecer estranha dada a grandeza da exposição, mas alguns detalhes a confirmam, uma delas é a complexidade do cenário, que envolve o mundo dos sonhos em diferentes níveis, e o ritmo vertiginoso com que a informação é gradualmente transmitida. a engenhosidade do lado visual, vista em cenas marcantes como Paris, com ruas sobrepostas e brigas com o corredor, momentos que demonstram a segurança e a audácia de Nolan e, mais importante, sua capacidade de criar.
- Criação.
- Sim.
- Há momentos em Uma Origem que deixam o espectador sem fôlego.
- Com o inevitável questionamento de como foi feito.
- E não é só o lado plástico de uma cena.
- é também o seu significado.
- Christopher Nolan alcançou feitos da magnitude de fazer um abstrato.
- Situação palpável.
- Como implantar uma ideia na mente de uma pessoa.
- Afinal.
- Essa é a missão da equipe liderada por Cobb (Leonardo DiCaprio.
- Competente).
- Mas como tornamos isso possível? A forma como a missão se desenrola surpreende não só pelos fatos.
- Mas também pela forma como uma ideia foi levantada que não existia até então.
- Usa um dispositivo engenhoso que melhora muito o roteiro.
Portanto, o filme tem mensagens transmitidas ao longo de sua primeira metade, para que o espectador entenda melhor o universo apresentado. Algo como “a ideia é o maior parasita que existe”, fundamental para este último “a ideia nasce pequena e cresce pouco a pouco” ou “a dor está dentro da mente” e “uma reação positiva sempre pesa mais do que uma reação negativa”. Por outro lado, a dualidade entre realidade e sonho faz com que a Origem seja reembedada à Matrix. Devido à complexidade da trama e à existência de mundos paralelos, onde os personagens são capazes de atos impossíveis em condições normais.
A origem é um filme fascinante, que trata do mais íntimo da mente humana: memórias, delas se tornam quem somos e, sabendo disso, Nolan desenvolveu um roteiro que não só corrompe essa individualidade, mas também a manipula. O lado ético deste ato não é analisado, mas é inevitável não pensar sobre isso, bem como em questões como obter a felicidade errada, mesmo que seja irreal, e quanto é preciso para seguir em frente. com cenas de ação emocionantes, com um elenco coerente e seguro. Excelente filme, que definitivamente estará no Oscar de 2011.