Crítica adoroCinema para A Janela: A Dor da Rejeição

Há filmes que são modelados por uma atriz, por mais que haja toda uma conceituação e preparação pela encenação e pelo roteiro – que, no caso de Pela Janela, combina com Caroline Leone – a escolha do protagonista é tão decisiva que, se outra fosse escolhida, seria um filme completamente diferente. Esse é um desses casos.

Magali Biff ainda é um nome pouco conhecido no campo cinematográfico brasileiro, mas merece ser acompanhado de perto. Sua estreia foi apenas em Jogo das Decapitações, aos 58 anos, mas seu primeiro papel de protagonista veio três anos depois, quando entrou para a companhia de circo do deserto – ele também está no ainda inédito A-car, apresentado no Festival Rio 2017, que todos esses personagens são absolutamente diferentes e que Rosia é a mais difícil para tudo o que ele revela a partir dos detalhes. uma performance absolutamente minimalista, onde o olhar e postura do corpo dizem muito sobre a atmosfera.

  • A história começa quando Rosia.
  • 65.
  • é demitida.
  • Imediatamente ele sofre a dor da perda: hábitos de trabalho.
  • Colegas de trabalho.
  • Independência econômica.
  • Ter que fazer.
  • Autoestima própria.
  • No entanto.
  • Seu desamparo não é medido por lágrimas.
  • Mas pelo olhar perdido e distante.
  • Irmão que a salva de uma tentativa de convite: acompanhá-la em uma viagem de negócios para Buenos Aires.

É neste típico filme rodoviário que Caroline Leone desenvolve toda a narrativa de seu primeiro longa-metragem como diretora, focando não nas ações, mas nas emoções de sua personagem principal. É quando a confiança no filme de talentos de Magali Biff entra em jogo. O jogo, no sentido de mover-se para a tela a sensibilidade de uma mulher ferida que gradualmente percebe que há outra maneira de ir, essa jornada é apresentada de forma muito sutil, com cenas aparentemente simples que têm um forte simbolismo nessa transformação íntima. É em tal afirmação que a beleza do filme está.

Com uma grande atriz à sua disposição e cenas chocantes, como uma visita às Cataratas do Iguaçu ou aquela que dá nome ao filme, Pela Janela é um filme íntimo que se apega ao sentimento, endurecido pela dor da rejeição. Vale também mencionar o bom trabalho de Cac-Amaral, como contraponto emocional e ao mesmo tempo parceiro do personagem central, bem como a delicadeza de encenar na condução de uma história fluida, mas que tem muito a dizer sobre isso. Vida.

Filme visto na 41ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, outubro de 2017.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *