Lúcifer nada mais é do que um instantâneo de toda a onda de investigações da polícia dos EUA misturada com um tema sobrenatural. Os episódios são repetitivos (aparece um caso, os protagonistas alcançam um suspeito, o suspeito diz que é inocente, o suspeito é preso, eles descobrem que o suspeito é inocente, continuam investigando e descobrem que o culpado é a pessoa mais improvável possível, na maioria das vezes o primeiro a lamentar a morte da vítima), sempre que Lúcifer ri de momentos sérios / tristes (incluindo piadas sexuais), tudo gira em torno de trocadilhos entre o mundo real e o mundo sobrenatural, como por exemplo Lúcifer querendo resolver seus problemas com Deus, com o psicólogo e uma infinidade de outras coisas. Outro ponto negativo sobre Lúcifer é que não há mistério sobre a parte sobrenatural da série. Parece que tudo o que se diz embrulhado já está amplamente aberto ao público. Lúcifer, por exemplo, diz a todos que ele é o diabo, ninguém acredita nele, todos pensam que ele é louco e fica pelo mesmo motivo. Parece que o protagonista não faz o menor esforço para tentar esconder esse e outros segredos dos outros personagens, como suas asas e a espada flamejante. A parte que envolve o sobrenatural na série, ao invés de ser a parte misteriosa ou sombria da trama, é a parte mais cômica. Parece que os escritores estão trazendo o sobrenatural como uma forma de comédia barata típica de sitcons americanos clichês. Na minha opinião, existem apenas duas coisas boas sobre Lúcifer: primeiro, a série não trata os protagonistas com dualismo (bom versus mau), onde o anjo é bom e o diabo é mau. O anjo e o demônio são tratados como humanos, com aparência humana, personalidade humana, defeitos e qualidades humanas, e sentimentos humanos, o que torna a série um pouco mais interessante e mais artística na aparência. E a segunda é a trilha sonora, que é ótima, com um pouco de rock progressivo e indie.
Dez