Cear Cinema 2019: Alienígenas nos convidam para outro planeta na jornada ordinária de Celeste Garcia

A vida de Celeste (Maria Isabel Daaz) é bastante tediosa, a professora aposentada vive com seu filho, que não presta muita atenção a ela enquanto trabalha em um planetário, e um dia descobre nas notícias que a Terra está cheia de alienígenas. que estudam o comportamento humano. Os visitantes têm um plano: convidar os terráqueos a se estabelecerem em seu planeta. Celeste deve embarcar na aventura?

Esta é a premissa incomum da extraordinária jornada de Celeste García, representante cubana na mostra competitiva do 29º Cearo Cinema – Festival Ibero-Americano de Cinema, dirigido por Arturo Infante, a comédia única foca na preparação dos selecionados para embarcar na nave espacial. Enquanto isso, descobrimos as razões que levaram o protagonista a se tornar uma pessoa reservada.

  • O filme tem provocado uma boa risada no palco do Cinema São Luiz.
  • Embora cause algum desconforto ao tocar não só com referências de ficção científica.
  • Mas também com momentos sérios de violência doméstica.
  • De qualquer forma.
  • María Isabel Daaz é excelente no papel-título e aparece como uma das favoritas ao Troféu Mucuripe de Melhor Atriz.

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A noite de 3 de setembro também marcou a abertura da mostra competitiva de curtas-metragens. Constituintes de 88 de Gregory Baltz contam a história dos vinte e seis deputados que lutaram pela igualdade neste período histórico.

Embora a pesquisa seja relevante e a atenção às palavras dessas mulheres preencha uma séria lacuna documental, o resultado nem sempre é bem resolvido na articulação da edição com as filmagens, que varia muito entre o uso de imagens de má qualidade. ou colocar apenas o som sobreposto em telas escuras ou nas ilustrações de cada membro, no final. Um trabalho um tanto ousado em termos estéticos, mas louvável como discurso político.

O meio de livro e animação, dirigido por Giu Nishiyama e Pedro Nishi, impressiona não só com o refinamento técnico, mas também pelo roteiro livre e não linear, que mistura literatura e cinema para literalmente imergir seus personagens nos livros.

A história pode parecer um pouco hermética para um público amplo, mas representa uma tentativa bem-vinda de estabelecer uma jornada sensorial que só é possível graças à linguagem fluida da animação. É ótimo que o Cine Cearo seja classificado como esse tipo de projeto como parte da mostra competitiva.

Primeiro Ato, dirigido por Matheus Parizi, foi o melhor curta-metragem da noite. O drama se passa em um grupo de estudantes de artes cênicas, divididos entre encenação de textos de origem política na sala de aula ou a estreia dos salões e o lançamento. da luta concreta, nas ruas e na Câmara, contra os cortes de verbas para a cultura.

O roteiro traz grandes embates entre arte política e política artística, liderados por personagens complexos o suficiente para um curta-metragem. O espaço urbano de São Paulo também é muito bem explorado pelo cineasta.

O representante da noite do cear, Além da Jornada, usa um formato labiríncro para descrever dois homens que colidem em uma relação de trabalho ambígua entre erotismo e perigo. Os diretores Gabriel Silveira e Victor Furtado deveriam ter buscado referências de David Lynch em sua estrutura fragmentada, incluindo o herdeiro do Espaço clube Sil’ncio.

O resultado é uma provocação sensorial, embora passe tanto tempo desconstruindo linearidades e significados que eventualmente não constrói uma proposta sólida sobre os escombros, as leituras se tornam tão amplas que impedem a reflexão especificamente sobre questões relacionadas aos impulsos da vida e da morte ou mesmo nas relações capitalistas.

Na noite de 4 de setembro ele traz a exposição especial de Soldados da Borracha, documentário de Wolney Oliveira sobre os trabalhadores que, durante a Segunda Guerra Mundial, foram explorados pelo governo, agindo em condições precárias.

A mostra competitiva contará com quatro curtas-metragens: Oração ao Cadáver Desconhecido de S-vio Fernandes, Marco, de Sara Benevenuto, O Tempo do Olhar e Olhar no Tempo, de Samuel Brasileiro, e Marie, de Léo Tabosa.

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