Cear Cinema 2018: Revisão final do festival

Algumas ideias sobre longas e curtas-metragens projetadas em Fortaleza.

Há pouco mais de uma semana, o AdoroCinema teve o prazer de acompanhar um dos festivais mais tradicionais do Brasil: o Cine Cearo – Festival Ibero-americano de Cinema, que celebrou sua 28ª edição em 2018. A convite do evento, estávamos em Fortaleza e pudemos ver quinze longas-metragens e 15 curtas-metragens.

  • Esta é uma oportunidade valiosa não só para ver em primeira mão os filmes esperados (Petra e Diamantino.
  • Destaques do Festival de Cannes).
  • Mas também para descobrir produções menores de vizinhos sul-americanos.
  • Que raramente são incorporados ao circuito comercial brasileiro.
  • Peru.
  • Colômbia.
  • Panamá e Chile revelaram não apenas uma realidade local.
  • Mas também um estado específico da indústria cinematográfica em cada país.
  • O que é saudável pensar na cinematografia brasileira.
  • Em comparação.

Com a cerimônia de premiação e o encerramento da edição, é hora de apresentar algumas ideias gerais sobre a experiência do 28º Cinema Cear, a exibição competitiva de longas-metragens trouxe filmes de alta qualidade, especialmente Petra e O Barco, que não dividiram os principais prêmios. do júri oficial, foi emocionante ver as imagens impressionantes de Petra na tela do Cineteatro Luiz, e é ótimo que a consagração do suspense espanhol aumente as chances do filme ganhar um distribuidor nacional e chegar ao circuito comercial.

No entanto, filmes menos interessantes também fizeram parte da competição para os prêmios, abrindo uma diferença de qualidade e nível de produção entre os concorrentes. É saudável que a competição traga uma visão diversificada de toda a América Latina, além de Espanha e Portugal, por outro lado, a aproximação entre grandes produções (Petra, Diamantino) e filmes muito menores em orçamento e ambição (Amelia, a Secretária, Anjos de Ipanema) atestou a presença das menores.

Foi difícil ver uma única visão impulsionada pelos Comissários, nem mesmo um tema que passou pelo concurso como um todo, que une uma comédia delicada como Amélia, o secretário da casa documental Anjos de Ipanema, a grande e louca comédia de Diamantino e o épico histórico de Cabras de?Que forma de cinema o festival defende, através de sua seleção?Dada a disparidade entre as obras, não é de surpreender que poucos títulos tenham concentrado tantos prêmios, enquanto outros saíram de mãos vazias. A conversa entre as obras seria um destaque em um festival dessa magnitude.

Entre os curtas-metragens, a seleção foi talvez mais homogênea, embora o consenso obtido entre críticos e jornalistas indique o resultado insertivo de muitos filmes. Os críticos sabem por experiência em outros festivais e eventos que a produção nacional de curtas-metragens está repleta de bons exercícios linguísticos, provocações de forma e conteúdo, produções politizadas e refinadas que, no entanto, não foram devolvidas ao festival.

É sempre um prazer assistir curtas-metragens do nível Plantae, Nova York e O Vestido de Myriam, mas a maioria dos filmes tem tido dificuldade em desenvolver uma fala específica ou trabalhar os aspectos técnicos e estéticos de forma satisfatória. Seria importante para o festival ree obstante a seleção de curtas-metragens, com uma curadoria muito mais ambiciosa.

A maior surpresa foi encontrada na mostra peruana: embora o país tenha sido o principal vencedor deste ano, nenhum filme peruano fez parte da seleção oficial, e a exibição específica do país foi reservada uma semana antes da exibição oficial do Cine Cearo, de modo que a imprensa nacional não teve a oportunidade de assistir aos títulos peruanos. Seria essencial que a exposição do país escolhido fosse realizada paralelamente à competição oficial, que os títulos dialogem entre si.

Os dois títulos que a organização gentilmente mostrou aos críticos, excepcionalmente, foram muito bons, um sinal de que essa curadoria tinha outros projetos interessantes para expor. A bela Rosa Chumbe foi um dos títulos mais ousados de toda a 28ª edição, enquanto Under the Influence foi um espaço saudável para o trabalho conceitual.

Ao mesmo tempo, o Cine Cearo prestou homenagens magníficas e precisas a Renato Aragono, Anténio Pitanga e Tito Almejeiras, além de terminar em alta com a promissora série Cine Holli-dy, que em geral, o evento se mostrou capaz de equilibrar a atenção dada ao cinema. em Cearo com um olhar para outros estados e países, em uma comunicação que faz do Cine Cearo um festival único no calendário brasileiro.

Além disso, a imprensa foi muito bem recebida pela assessoria de imprensa, com uma organização funcional e útil. As comemorações promovidas pelo evento também ajudaram a estabelecer um contato necessário entre o festival e os moradores da cidade. Esperamos que a 29ª edição seja ainda maior, mais ambiciosa e coerente, deixando, se possível, mais espaço na agenda para um intervalo entre as longas sessões noturnas.

De qualquer forma, um festival que apresentou, nos últimos anos, filmes como Petra, El Barco, Diamantino, Una mujer fantástico, Last Days in Havana, Chico 23, El Club, Jauja e El dinero del caballo merece nossos aplausos.

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