A série documental da Netflix relembra os dias de Linha Direta ao contar a polêmica história de Wallace Souza.
Um apresentador que mata para o público. Tal premissa é suficiente para despertar a curiosidade de qualquer um, principalmente porque é uma história real. A nova série documental da Netflix, Bandidos na TV, tenta desvendar os segredos de Wallace Souza, uma figura artística e política popular em Manaus, acusado de ser o líder de um grupo criminoso brutal.
- No primeiro episódio.
- A figura de Wallace é clara.
- Mesmo para quem não conhece a história: um ex-policial.
- Comanda o Canal Livre.
- Atração que mistura reclamações e apresentações musicais.
- Pedidos dos telespectadores e outras personalidades diversas presentes.
- Até hoje.
- Em programas dominicais.
- Seu apresentador tenta ser uma mistura de Ratinho e Wagner Montes.
- Muito conversador e firmemente posicionado.
- Colocando-se como um representante do povo.
Com uma produção quase amadora, o apelo popular de Bandidos na TV é reforçado por sua cobertura policial, distinguindo-se como sempre a primeira equipe jornalística a alcançar os cenários do crime e não ter medo de expor os corpos, sangue e brutalidade de cada um. Logo, o programa se tornou um fenômeno de audiência, alcançando o primeiro lugar e levando seu apresentador a posições políticas. O problema surge quando Wallace é acusado de ser o autor intelectual de vários assassinatos registrados em seu programa, enquadrando ou eliminando traficantes rivais para estender a influência de seu próprio grupo criminoso, ou seja, uma bomba explodiu na sociedade amazônica.
Abaixo está uma série de investigações e reviravoltas dignas de uma novela mexicana, enquanto o deputado mantém um discurso de inocência, alegando que tudo isso é uma montagem provocada por inimigos políticos. investigar a denúncia, tentando ligá-lo (e seu filho) a crimes chocantes, mas o interessante é perceber que isso só vem para o chute inicial, não em vão todo o caso já é basicamente apresentado em seu piloto, pois a culpa de Souza não é a única dúvida que é lançada ao público, ao longo dos episódios , uma crítica ao poder da mídia e quais são os limites das autoridades que buscam justiça mostrará como nem tudo é preto e branco. É o ambiente cinzento e granulado a ser observado, em um mundo onde os humanos podem ser exaltados como salvadores, mesmo que estejam cheios de falhas.
Para aprovar ambos os lados, o documentário apresenta os depoimentos de muitas pessoas envolvidas na história, sempre tentando inseri-las da forma mais interessante para a narrativa, colocando imagens em um recurso além das palavras. Os parentes de Wallace argumentaram contra os inspetores e ambos os lados continuaram a lutar por anos, ao mesmo tempo em que jornalistas que cobriram o caso também expressaram sua opinião, intercalados com representações dramáticas dos fatos, se as entrevistas podem ser repetitivas, é uma dramatização tão frequente que distrai o espectador. .
A história contada é realmente intrigante (e muitas vezes absurda) e, precisamente por causa disso, não precisa de tantos artifícios para exaltar suas surpresas, se as cenas recriadas ilustrarem a história, usando uma trilha sonora exagerada (com direito a Um Batimento Cardíaco!) E edições abruptas e dramáticas trazem muito conteúdo artificial. Afinal, é uma história real, mas é apresentada em um estilo semelhante à antiga Linha Direta. Em outras palavras, nem todo mundo gosta.
Por outro lado, é inegável o profundo trabalho de pesquisa do premiado diretor Daniel Bogado, cujo catálogo de imagens de arquivos passa entre várias edições do Canal Livre e os jornais que cobriam o caso Wallace na época. Quando você percebe o grande número de entrevistados, o destaque é o uso das falas do membro em cada tópico, o cineasta consegue conectar diferentes linhas e registrou momentos de seu objeto em questão, transmitindo-os ao longo da história representada, sem perder qualidade ou imediatismo. Imagine como o processo trabalhoso de Bogado consistia, em frente a uma tela, de ver os monólogos de Souza por dezenas de horas.
Para os amantes de histórias policiais absurdas, Bandidos na TV é um prato cheio, mas se o Canal Livre tinha uma camada superficial e sensacionalista, você tem que destruir os recursos artificiais da nova série documental para ver sua verdadeira revisão. escolher um lado. Precisamos aceitar os erros de todos e pensar em como podemos nos tornar pessoas melhores de agora em diante.