Avaliação do AdoroCinema para o Super 8: RETORNO AO THE 80

É fácil entender por que J. J. Abrams convidou Steven Spielberg para produzir Super 8. Será que o filme se parece com muitos clássicos dos anos 80 como Os Goonies e ET, o Alien?O primeiro produzido por Spielberg e o segundo dirigido por ele?Principalmente em termos da dinâmica dos personagens infantis. Quem pensa que o filme é apenas um tributo ao cinema “Spielberguiano” está errado, é uma produção com vida própria e elementos também trazidos da cinematografia dos abrams.

Vale ressaltar que as crianças são o destaque do Super 8, mostrando um talento e química que vale a pena mencionar. Ela Fanning prova mais uma vez (como ela já tinha feito em Sofia Coppola’s Somewhere) que ela não deve mais ser tratada como “Dakota Fanning. irmã. A cena em que ela chora na estação toca não só os outros personagens da história, mas também o espectador, em uma clara demonstração de amor pelo cinema. Joel Courtney, Riley Griffiths, Ryan Lee, Gabriel Basso e Zach Mills completam o elenco de crianças e, embora o primeiro possa ser mais importante na trama, todos eles são importantes para gerar interesse na produção.

  • Em 1979.
  • A história gira em torno de um grupo de crianças de uma pequena cidade americana que decidem filmar um filme de zumbi para se inscrever em um festival local.
  • Filmado no Super 8.
  • O projeto encontra um primeiro obstáculo após o descarrilamento de um trem na cidade.
  • Que é acompanhado por uma série de fatos sobrenaturais.
  • Mas os jovens não estão dispostos a deixar de lado a produção e tirar proveito do cenário catastrófico e misterioso como pano de fundo.

É difícil assistir ao filme e não lembrar de produções como contatos imediatos da terceira série (olhe para trás em Spielberg) ou Conta Comigo, tudo é muito mágico através dos olhos das crianças e o fato de termos crianças fazendo um filme em um filme permite que essa magia se sente duas vezes.

Super 8 ajuda a cimentar J. J. Abrams é um dos cineastas mais interessantes de Hollywood hoje. Produtor de Cloverfield – Monstro, ele interpretou Mission Impossible 3 e Star Trek, mas ainda é conhecido como o criador de Lost. Alguns elementos da série podem até ser vistos no novo filme, especialmente quando se trata de criar uma atmosfera de suspense sobre o que está prestes a acontecer.

Por falar em Lost, Abrams queria convidar o diretor de fotografia Larry Fong para trabalhar na produção, uma decisão que acabou sendo muito justa. A cinematografia do filme é excelente, abusando dos reflexos da lente em fotos de fundo.

É claro que a nostalgia fala talvez mais alto, afinal é delicioso ver as crianças aproveitarem a vida em um mundo movido a bicicletas e sem muitos dispositivos eletrônicos, mas isso só é possível porque o Super 8 é extremamente bem produzido e atuado. o filme é imperfeito e o roteiro também tem uma lacuna aqui. Tudo isso, no entanto, perde espaço para magia, para mistério. Tive a oportunidade de entrevistar Catherine Deneuve este ano e ver seu comentário “o que está faltando no cinema não é uma diva, o que está faltando no cinema é um mistério”. É claro que o viés cinematográfico de Deneuve é muito diferente do da dupla Abrams /Spielberg, mas não há razão para acreditar que a mesma premissa não se aplica aqui. Temos a sorte de ter esses dois grandes cineastas ainda trabalhando para o mistério.

Numa época em que enfrentamos inúmeros remakes de longas dos anos 1980, como Footloose, Dirty Dancing e Conan, o Bárbaro, JJ Abrams demonstra que é possível lembrar/honrar a época enquanto ainda era original.

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