Em 2016, milhões de documentos previamente classificados de um escritório de advocacia panamenho abalaram o mundo e graças a eles foi possível verificar as ações de centenas de empresas e dezenas de países em paraísos fiscais em todo o mundo, com o objetivo de economizar através de fraudes e evasão fiscal. Três anos depois, o ainda eclético diretor Steven Soderbergh decidiu colocar as mãos neste vespeiro de uma maneira muito incomum: por sarcasmo.
Afinal, como lidar com o plano da sequência de abertura, que reúne Antonio Banderas e Gary Oldman de smoking e martini na mão, quebrando a quarta parede e dialogando diretamente com o espectador através de vários cenários diferentes?A conversa, em tom desnificado Em tom desenfreado, imediatamente apresenta a importância do dinheiro na humanidade e, mesmo didaticamente, repete algumas das táticas que serão apresentadas ao longo dos próximos 96 minutos, para isso a dupla assume a posição de um especialista, disposto a revelar os segredos questionados. em todos os lugares, como a própria narrativa enfatiza.
- Dividido em capítulos.
- Cada um representando um segredo a ser revelado.
- O roteiro de Scott Z.
- Burns apresenta vários esboços em que o protagonista sempre toma decisões muito ruins que lhe custam caro.
- às vezes não para a pessoa em questão.
- Mas para o sistema.
- Neste cenário.
- Somos apresentados a vários rostos conhecidos pelo público em geral: Meryl Streep.
- David Schwimmer.
- Jeffrey Wright.
- Sharon Stone.
- James Cromwell.
- Todos desfilando na tela em participações menores e às vezes maiores.
- Sempre com o objetivo de abrir um pico.
- Sem desenvolver adequadamente suas próprias narrativas.
- Cada personagem serve aqui para um objetivo muito específico: denunciar o imenso apoio que se tornou negociações internacionais.
- Com direito a empresas fantasmas e muitos subornos.
- Em negociações longe de serem legais – com direito a citação.
- Brasil Odebrecht.
- O principal objetivo é a inadimplência: Estados Unidos e sua taxa de juros.
Diante do peso da questão e conscientes das economias necessárias, Soberbergh e Burns buscam desconstruir o tema do humor, mesmo sem nunca perder de vista a crítica, é nesse sentido que a presença de Banderas e Oldman como mestres de cerimônias é essencial, para poder combinar os muitos detalhes das histórias de seus participantes e, mesmo assim, destacar a magnitude da fraude implementada ao passar tantos anos. Funciona, em parte.
Apesar do esforço de desconstruir o assunto para torná-lo palatável ao público comum, La Lavanderia se perde várias vezes em meio aos detalhes técnicos do hit em questão, principalmente quando a personagem de Meryl Streep inicia sua jornada pessoal. Com o espectador, o filme explora esquetes mais próximos do seu cotidiano, como a subtrama em que o pai é flagrado com a melhor amiga da filha, na qual não é necessário ter um conhecimento maior do assunto. o próprio filme se torna inconstante.
Apesar dos problemas estruturais, a criatividade da dupla Soderbergh e Burns deve ser valorizada na tentativa de desconstruir um tema tão profundo do sarcasmo. O último trecho ainda dá ao público um truque muito elaborado, em uma sequência onde o filme é completamente despido pouco a pouco. efeitos especiais e maquiagem para, com um rosto limpo, gritar contra a corrupção global. No final, este é o grande objetivo da Lavanderia: ser um grande panfleto, capaz de capturar corações e mentes em sua jornada ideológica, embora às vezes pareça um pouco ingênuo.
Filme visto no Festival de Cinema de Toronto em setembro de 2019.