Espetacular não basta para descrever o quarto longa-metragem do diretor Mel Gibson, pela primeira vez que a grande civilização maia foi retratada no cinema, épica e chocante do começo ao fim. Com o roteiro de Gibson e Farhad Safinia, no texto vemos o declínio da civilização maia através de seus próprios olhos e conflitos, antes da chegada dos colonizadores europeus. Com belas localizações no México e um elenco de origens indígenas, que em alguns casos eram descendentes dos próprios maias, eles fizeram a diferença neste épico contemporâneo. Mais uma vez, Mel Gibson optou por usar a linguagem do povo que representa, neste caso usando um dialeto maia. Uma escolha ousada e arriscada, pois neste caso não haveria dublagem em nenhum idioma, mas apesar de tudo o filme foi um sucesso e arrecadou 120 milhões de dólares. É uma aventura épica de tirar o fôlego, onde acompanhamos o personagem Jaguar Paw (Rudy Youngblood) pelas florestas tropicais e seus perigos sem piscar, até o final de sua jornada para salvar sua esposa. O filme foi indicado a três Oscars (maquiagem, edição de som e mixagem de som) e também foi indicado ao Globo de Ouro por um filme estrangeiro – fato estranho já que o filme é americano! Mas isso se deveu ao uso da língua maia, uma das melhores decisões do seu realizador, tornando este filme uma obra única que merece ser apreciada por todos.
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- APOCALYPTO Lançado em 2006.
- Apocalypto foi escrito.
- Produzido e dirigido por Mel Gibson (com o roteirista iraniano Farhad Safinia).
- A história do filme de Mel Gibson se passa na Península de Yucatán.
- Antes da colonização espanhola.
- Na época da civilização maia.
- E nos leva a uma pacata cidade onde moravam Jaguar Paw (Rudy Youngblood) e sua família.
- Jaguar levou uma vida pacífica até a invasão que o parou e o capturou para os governantes de um Império Maia.
- O império estava em declínio e seus governantes acreditavam no sacrifício humano pela prosperidade.
- Diante de tal situação.
- Jaguar precisava se libertar e salvar sua pele e a família que ele havia deixado para trás.
- Apocalypto havia se tornado o maior desafio de Mel Gibson na época.
- Já que ele acabava de lançar um de seus melhores trabalhos até o momento.
- Que era a direção de “A Paixão de Cristo”.
- As expectativas de funcionalidade eram muito altas e Gibson precisava entregar algo pelo menos na época de seu último trabalho.
- E não foi exatamente isso que aconteceu.
- Apocaypto é um filme muito bom.
- Mas está muito longe de “A Paixão de Cristo”.
- Um ponto muito positivo é o trabalho das câmeras do Mel Gibson.
- Que ele usa com muita sabedoria e muita habilidade.
- Pois por exemplo nas partes dos confrontos e fugas pela floresta.
- A câmera acompanha o personagem com muita eficácia.
- Dê-nos a veracidade no palco.
- Outro ponto que merece destaque é esta violência brutal e sangrenta.
- Que é a marca do cineasta.
- Como em “A Paixão de Cristo” e no mais recente “Hasta el Ultimo Hombre”.
- Gisbon faz bom uso de cenas de terror.
- Tensão e principalmente no que se refere à violência com muito sangue – um verdadeiro espetáculo em palco.
- O filme tem um trabalho de direção de arte muito bem ajustado.
- Você pode ver os detalhes em cada cena que vão desde cidades até grandes impérios maias.
- O guarda-roupa também era muito bem construído.
- Trazendo a verdadeira precisão do vestido da época.
- Assim como o trabalho de maquiagem.
- Que foi feito com muita fidelidade em homens.
- Mulheres e até crianças pequenas.
- Que até nos assustou um pouco.
- A trilha sonora de James Horner é mais pacífica e não importa muito lá.
- Acho que faltou mais alguma coisa.
- James Horner já nos deu trilhas sonoras infinitamente melhores antes.
- O script do Apocalypto é bem normal! Mel Gibson tinha nas mãos um lindo roteiro que poderia vir a ser um filme épico em proporção a “Coração Valente”.
- Mas a história é boa.
- é promissora.
- Mas é muito clichê.
- Digo porque você começa o filme já sabendo o final.
- é muito óbvio.
- Os acontecimentos que envolvem o protagonista também são bastante clichês.
- Não escapam da semelhança que já era esperada nesses gêneros de filmes.
- Tipo.
- Como tudo está indo bem.
- Não importa o quão machucado e arranhado esteja.
- Mas isso é algo que já sabemos como vai acabar.
- Entre outras coisas que ocorrem ao longo do filme.
- Como a mulher presa no buraco que se enche de água e com apenas um suspiro consegue dar à luz o seu próprio filho.
- E digo mais.
- Geralmente ela sai como se nada tivesse acontecido.
- São as pequenas coisas que acontecem no filme que de alguma forma te incomodam e que você não pode deixar passar despercebido.
- Pelo menos na minha opinião! O elenco também é mediano e ninguém importa muito.
- Exceto o protagonista Rudy Youngblood.
- Que está até tentando desempenhar um papel convincente.
- Apocalypto concorreu ao Oscar 2007 em 3 categorias.
- A saber: melhor som.
- Melhor edição de som e melhor maquiagem.
- Mas não levou estatueta.
- O longa-metragem também foi indicado ao Globo de Ouro e ao BAFTA na categoria de melhor filme estrangeiro.
- Não vi todos os filmes feitos por Mel Gibson.
- Mas pelo que vi até agora.
- Apocalypto está entre seus trabalhos mais fracos.
- A funcionalidade tem seus pontos positivos.
- Mas o script deixa muito a desejar.
- [03/03/2019].
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