Um documentário que narra as dificuldades de Francis Ford Coppola em seu grande trabalho, bem como uma versão final do drama de guerra, está disponível em La Carte, de Belas Artes.
A Guerra do Vietnã foi recentemente revisada no Destacamento de Sangue de Spike Lee, mas nenhuma história envolvendo tal guerra pode coincidir com o que Apocalypse Now apresentou ao público em 1979, na frente ou atrás das câmeras. Mesmo após 40 anos desde sua criação, o drama ainda mantém a força estética e narrativa em níveis muito altos, sendo considerado não apenas um dos melhores filmes da história do cinema, mas também como o melhor filme dirigido por Francis Ford Coppola (mesmo com a trilogia O Poderoso Poderoso Padrinho entre suas obras).
- Mas não é coincidência que Apocalypse Now tenha alcançado tanto sucesso ao ganhar sua taça para exibições em cinemas e festivais; na verdade.
- Pode-se imaginar o quão surpreendente foi na época ver o trabalho receber esse status.
- Pois inúmeras complicações logísticas colidiram Tudo indicava que seria um fiasco.
- Mas não foi isso que aconteceu.
- O que nos faz pensar: se a produção tivesse sido concluída dentro do período inicial de 4 meses nas Filipinas.
- Sem passar para 1 ano e 3 meses.
- O filme seria o que é hoje.
- Ou foram precisamente os problemas que formaram uma história separada que foram responsáveis por tanto reconhecimento?.
Esta é uma questão complexa, assim como o cenário do Apocalipse e sua intersecção intencional com a Guerra do Vietnã, mas é precisamente neste projeto que Coppola mergulhou profundamente e em sua perseverança que sua carreira quase lhe custou a resposta: energia. que o filme passa, seja negativo ou positivo, bem como a urgência e contemplação que se misturam entre planos e silêncio, são tão latentes porque a produção tem sido sustentada assim há muito tempo, por isso é um caso raro no cinema onde a realidade influencia diretamente o resultado artístico, sendo difícil identificar quem iniciou o processo a partir de um certo ponto , o melhor exemplo disso é o fato de coppola lutar consigo mesmo em busca de um final perfeito durante as filmagens, sob a influência de muitos fatores.
No documentário Hearts of Darkness: A Filmmaker’s Apocalypse, feito a partir dos registros de filmagem de Eleanor Coppola, é possível traçar esse paralelo entre arte e vida real. Da mesma forma, você também pode acompanhar em detalhes o declínio mental furtivo de um cineasta, a fim de alcançar sua própria visão um pouco turva. Assim como a guerra traz resultados permanentes para a vida de uma pessoa, Coppola o fez criativamente, como aponta o documentário.
A persistência do diretor com Apocalypse Now começou antes mesmo do lançamento de O Poderoso Chefão e pode ser vista mesmo nos inúmeros cortes que o filme recebeu ao longo dos anos. Agora, sua edição final, com mais 49 minutos, está disponível nas Belas Artes. Serviço carte (bem como o documentário com álbuns dirigidos por Eleanor no set). Ao longo do documentário é impossível não notar que Coppola parecia mergulhar em seu filme enquanto amplificava problemas externos e internos.
Desde a troca de Harvey Keitel por Martin Sheen até a chegada de um Marlon Brando (que recebeu um cheque de US$ 3 milhões) completamente mal preparado nas últimas semanas de filmagens, tudo está lá, gravado sem qualquer idealização sobre como um grande filme é ambientado. Com esses dois trabalhos lançados ao mesmo tempo em streaming, o espectador pode absorver ainda mais a atmosfera única de Apocalypse Now, que simultaneamente mostra duas guerras: coletiva e privada, sendo uma delas o resultado da desmoralização que os outros podem provocar. . .