Um homem que está sozinho mesmo quando cercado de pessoas. Ele é casado, tem um filho e continua sendo um profissional respeitado em sua área. Mas o que falta a esse homem é precisamente encontrar um amor fascinante e revigorante. Pode soar muito simplificado e clichê, ou mesmo algo beirando a agitação ou aqueles romances super doces. Mas é exatamente o oposto. Anomalisa é um filme único, extremamente conceitual e original. A começar pelo facto de ser uma animação para adultos, não que não exista. O que importa aqui é como essa história fascinante é contada. O rosto frio do protagonista esquenta ao longo do filme, que é superfino e tecnicamente perfeito. Os bonecos, que além dos protagonistas basicamente têm o mesmo rosto, são estranhamente humanos. Na verdade, este filme é mais humano do que muitos filmes estrelados por atores reais. É um filme denso e intenso que fala da solidão e do carinho de uma forma muito particular. Ele realmente tem aquele visual clássico e instantâneo. E Charlie Kauffman, responsável por uma filmografia extremamente estranha, com muitos toques de bizarro e fuga do mundano, criou aqui seu filme menos bizarro, e talvez o mais chocante. É um filme que cativa e fala sobre personagens plausíveis, reais, contemporâneos e seus dilemas existenciais. A cena final é linda e traz uma mensagem de esperança, mesmo depois de tropeços e decepções. É um lindo filme, para ser visto várias vezes. E a presença de Lisa, ou Anomalisa como é chamada, dá frescor à trama e ela é a personagem que liberta o filme da amargura de seu outro protagonista, Michael Stone. Apenas uma cena no final não deu a pontuação máxima ao filme, mas ela precisa ser vista com cuidado e atenção especiais. Digno de todos os elogios que recebeu. E prepare-se para destaques e intensidade, pelo que a Anomalisa tem a oferecer.
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- [[[PARAGRAPH]]] Cartazes de? Anomalia? (2015).
- Tanto nacional quanto internacional.
- Trazem a frase “o filme mais humano do ano” atribuída a Matt Patches da revista Esquire.
- O trailer.
- Muito bem produzido.
- Aliás.
- Completa “e não há humano nele”.
- Entre outras frases que refletem as diferentes impressões que o filme deixa em quem o vê.
- O filósofo Friedrich Nietzsch concordaria.
- Depois de ver a animação em? Pare o movimento? idealizado por Charlie Kaufman.
- Dizendo “humano.
- Muito humano”.
- [[[PARAGRAPH]] A nova obra de Kaufman.
- Em associação com o apresentador Duke Johnson.
- Utiliza a maior parte do material.
- De sua autoria.
- Que já está presente em seus elogiados trabalhos anteriores.
- Isso é divertido e inteligente? Eu quero ser John Malkovich? (1999).
- Ousado e sincero como? Radiância eterna de uma mente perfeita? (2004).
- Não é tão metalinguístico e obviamente multifacetado quanto a adaptação? (2002).
- Mas é igualmente instigante e incomum.
- A gestão não é tão ambiciosa quanto a de “Synecdoche.
- New York”.
- (2008).
- Mas é igualmente fascinante e mais eficaz para se conectar com o público.
- [[[PARAGRAPH]] Animações com tema adulto são bastante raras e aparecem a cada dois ou três anos.
- Muitas vezes.
- O gênero é subestimado pelo público adulto e carece de suporte financeiro.
- Assim como os criados e destinados ao público infantil.
- Normalmente eles se tornam um sucesso de crítica.
- Mas não nas bilheterias como os dramas políticos e de guerra? Persépolis (2007) e? Valsa com Bashir? (2008).
- Usar o retrato da nudez e do sexo de forma flagrante em filmes de animação é ainda mais incomum e.
- Quando o faz.
- Quase sempre o fazem em produções fora de Hollywood.
- Como em espanhol? Chico e Rita? (2010) e em vários animes japoneses.
- O americano mais avançado? neste sentido.
- é “semi-animação”.
- Rotoscopiado e dirigido por Richard Linklater.
- “The Double Man? (2006).
- Porém.
- Poucos são os que tratam a relação sexual de forma tão “real”.
- Com uma dinâmica desajeitada.
- Pouco sensual e com direito à felação.
- Como na escrita por Charlie Kaufman.
- [[[PARÁGRAFO]]? Ano Malisa? Causa mais estranheza com o seu “stop motion”.
- Que não pretende imitar o ser humano.
- Pois as marcas no rosto mostram que são “bonecos”.
- Mas isso não os torna menos expressivos.
- Algumas séries de animação.
- Que usam essa função de animação.
- São tão ousadas quanto violentas? Celebrity Deathmach? (1998/2007).
- Porém.
- No cinema são poucos os que são tão existenciais e “realistas” quanto possível.
- Ao lado do conteúdo existencialista.
- Há também.
- De Linklater.
- “Waking Life? (2001).
- No entanto.
- Seus longos diálogos não representam a melancolia.
- A depressão e o egoísmo humano presentes em nossas sociedades cada vez mais individualistas.
- Bem como no texto de Kaufman.
- [[[PARAGRAPH]]] O longa-metragem de animação é a segunda profissão do diretor do roteirista consagrado pelos filmes citados acima.
- Mas que há sete anos não lançava um longa-metragem.
- Sua primeira produção de longa-metragem “Synecdoche.
- New York” também foi mencionada.
- Adaptado de uma peça própria.
- Onde o texto era lido em palco pelos atores.
- Sem cenários ou figurinos.
- A ideia de transformá-lo em filme de animação partiu do amigo e produtor Dino Stamatopoulos.
- Sócio do estúdio de animação Starburns.
- Industries.
- Responsável por animar.
- Entre outras.
- A série Frankenhole de Mary Shelley (2010 -).
- [[[PARAGRAPH]]] O desenho animado foi financiado coletivamente pelo “Kickstarter”.
- Uma modalidade de arrecadação de fundos conhecida como “crowdfunding”.
- Que teve como objetivo arrecadar $ 200.
- 000 e obter doações de mais de 400.
- 000.
- Quando Kaufman lançou a campanha de arrecadação de fundos.
- Ele justificou o pedido de “patrocinadores”.
- Algo inusitado para quem já está no mercado.
- Argumentando que a indústria não aceitaria financiamento e o deixaria produzir o filme como ele o idealizou.
- Segundo ele.
- O longa-metragem deve ser feito “nos padrões de Hollywood”.
- Sendo no mínimo lamentável que um profissional tão renomado tenha tanta dificuldade em encontrar uma empresa que invista dinheiro em um de seus projetos.
- Esse erro de subestimar o trabalho ficou ainda mais evidente depois que o longa de animação recebeu o Grande Prêmio do Júri no Festival de Cinema de Veneza e foi indicado ao Oscar de Melhor Animação.
- [[[PARAGRAPH]] O personagem principal da história é o inglês Michael Stone.
- Autor do livro ?? Em que posso ajudar?.
- Uma espécie de manual de atendimento ao cliente.
- Durante sua viagem aos Estados Unidos para uma conferência sobre o livro.
- Descobrimos que ele sofre de alguma forma de depressão.
- Tendo perdido o interesse pelas pessoas ao seu redor.
- Após o voo de avião.
- O restante da trama se passa basicamente dentro do hotel onde ele está hospedado e sua atitude em relação às pessoas só muda quando conhece a personagem Lisa.
- Fã de seu livro.
- O que acaba despertando o interesse do escritor por características diferentes.
- Outras pessoas.
- [[[PARAGRAPH]] Para quem está tentando interpretar o título do filme.
- Antes de vê-lo.
- Pode pensar que ele mescla os termos Animação + Monalisa.
- Talvez.
- Durante a trama descobrimos de onde vem o nome.
- Relacionado a esse personagem importante para o nome do item.
- Que não se parece em nada com Monalisa na foto.
- O trabalho de dublagem é essencial para a construção da história.
- Por meio das vozes de David Thewlis (Michael Stone).
- Jennifer Jason Leigh (Lisa) e Tom Noonan (vários).
- O fato de Noonan dar voz a todos os outros personagens.
- Incluindo as esposas e parentes de Stone.
- é o que ilustra metaforicamente como o personagem principal vê / ouve o mundo.
- [[[PARAGRAPH]] No final do dia.
- O roteiro não está tentando nos dar nada de edificante.
- Não há redenção moral para Michael Stone.
- A maneira como ele trata Lisa.
- Após o primeiro contato.
- Quando ela não é nova para ele; e um estranho presente que ele dá ao filho.
- Não nos permite ter empatia por ele.
- Antes disso.
- Nos faz reconhecer muitos comportamentos humanos egoístas de outras pessoas ou mesmo de nós mesmos.
- & Quot; Anomalisa & quot; É verdade que ela é criativa e diferenciada dentro do gênero animado e entra no rol dos melhores filmes introspectivos dos últimos anos.
- Ao lado de outros como “ela”.
- (2013).
- De Spike Jonze.
- Ex-sócio da Kaufman.
- Porém.
- é difícil ganhar o Oscar de Melhor Animação.
- Pela forma como foi financiado e pelo fato de concorrer com “Fun Mind”.
- “Shaun the sheep”.
- “The boy and the world”.
- E “Marnie’s Memories” já é um sucesso.
- Porque não tem a mesma abertura de mercado para crianças.
- Tanto que é a única que não é recomendada para menores de 14 anos.
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