Bem Amadas se encaixa em um modelo antigo de cinema, e não apenas pelo timing de uma parte da trama. O filme é um musical raro que foge do espetáculo, preferindo os padrões usados no passado pelo cinema francês, quando os números musicais não eram entretenimento, mas comentários agridoces sobre o enredo. Sem apresentações, nenhuma dança excepcional ou demonstrações de canto. As pessoas na tela parecem seres normais, com vozes comuns e todos os tipos de palhaçadas. Nesse sentido, o título brasileiro é muito curioso, quando deixa o plural masculino (“amado” no original) que inclui homens e mulheres. A versão brasileira prefere reservar o amor apenas para as mulheres, talvez por uma espécie de protofeminismo ingênuo, ou porque queira diferenciar a produção da famosa novela e do filme O Bem Amado. Também é possível que este seja um dos inúmeros casos em que o título nacional é . . .
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