Alguns filmes exigem que seu diretor entenda além do simples conhecimento da arte das filmagens, são questões de experiência pessoal que de alguma forma influenciam como um determinado tema é abordado na cena. pela diretora Catherine Hardwicke (Aos treze anos, Crepúsculo, A Garota do Casaco Vermelho), é um desses casos, tudo porque o longa aborda uma questão difícil relacionada ao universo feminino: como o câncer de mama afeta a vaidade.
Não é coincidência que o roteiro também tenha sido escrito por uma mulher, Morwenna Banks, que juntas, escritoras e diretoras, conseguem transmitir uma sensibilidade pungente, misturando momentos de dor e tristeza com várias piadas sarcásticas e auto-zombando que funcionam, bem como alívio cômico. O mesmo vale para a amizade eterna entre Milly (Toni Collette) e Jess (Drew Barrymore), com os altos e baixos inerentes a um relacionamento tão longo e também com as peculiaridades das próprias mulheres, mas nem tudo é parfait. Ele tem grandes problemas que o incomodam muito.
- O mais importante é o maniqueísmo do palco.
- Fica claro desde o início a intenção de medir o peso do câncer com piadas.
- A fim de manter ao máximo um ambiente alegre.
- Mas o filme vai além e adota a mesma tática.
- Em relação à amizade entre Milly e Jess.
- Porque se um está gravemente doente.
- O outro pode eventualmente engravidar.
- O contraste entre a vida desaparecendo e acontecendo é pouco explorado na narrativa.
- Mesmo que Jess tenha muito menos espaço em Tanto quanto o filme enfatiza sua lealdade.
- Tanto quanto o fato de que ela sempre fica por trás das atitudes de Milly faz dela uma espécie de complemento de luxo.
- Uma escada simples para sua amiga.
- Por Drew Barrymore.
- Que mais uma vez traz seu lado bonito bem conhecido para o personagem.
Mesmo em relação ao elenco, é impressionante que Drew nem sequer tente fazer um sotaque britânico interpretando um personagem que cresceu e ainda vive em Londres, o que é ainda mais explícito nas cenas em que ele interpreta na frente de seu marido. Por mais convincente que seja no personagem, isso deixa um vislumbre de decepção em ser contratado para desempenhar o mesmo papel que quase sempre, sem qualquer nuance diferente. O que não acontece mais com Toni Collette, ela é desafiada, graças às variações mentais de Milly e às mesmas dificuldades que resultam do tratamento do câncer. Analisando as performances dos dois protagonistas, Toni brilha enquanto Drew parece simplesmente burocrático.
O lado maniqueísta do roteiro reaparece em certos pontos da trama, especialmente no final, quando os eventos se entrelaçam, digamos, apropriadamente para trazer emoção à narrativa. Apesar disso, J. Sinto Saudades brilha especialmente na forma como o humor de Milly funciona. A cena em que ele decide usar uma peruca, por exemplo, é habilmente dolorosa e tenta manter um pouco de humor e esperança nesta situação. Da mesma forma, o longa-metragem aborda temas difíceis como quimioterapia, sensação de mal no próprio corpo, a importância de se sentir desejado e, claro, medo da morte.
é de longe o melhor trabalho de Catherine Hardwicke como diretora, onde ela pode finalmente demonstrar sua sensibilidade. Marca de sua carreira, o uso de uma trilha sonora de rock’n’roll, incluindo a bela sequência envolvendo a música “Losing My Religion” da REM chama a atenção. Bom filme, que consegue medir habilmente o lado cômico com o inevitável tom dramático e pesado da história.
Filme visto no 17º Festival do Rio, em outubro de 2015.