Embora o cinema brasileiro tenha uma certa tradição de adaptação de ícones da televisão, poucos filmes dependem do carisma de uma personalidade. Nascido no canal por assinatura Gloob, o Detetives do Prédio Azul tem uma proposta natural para apresentar detetives infantis, que desvendam mistérios de todos os tipos na versão cinematográfica, como de costume, a ideia era expandir o alcance: mais personagens, mais desafios, mais investimentos na produção. Nessa fórmula predefinida, o grande objetivo era crescer sem perder a essência – e, neste, o longa-metragem dirigido por André Pellenz é muito competente.
Por mais que traga peças estilísticas típicas da televisão, algo até inevitável dada a sua origem, DPA- O filme tem um raro apelo estético nas produções infantis locais, começando pela caracterização dos personagens, especialmente os do festival das bruxas, com trajes coloridos que dialogam diretamente com a personalidade mágica de cada um deles. O cuidado com efeitos especiais é algo que também se destaca, não só pela boa execução, mas também pelo seu uso de forma contida, sem exageros, mesmo em sequências onde parecem mais intensas. , como na receita de Tebaldo ou no ataque dos livros de dentes, seu uso não é apenas convincente, mas relevante no momento da história.
- Outro ponto positivo é que.
- Nesse esforço para ampliar tudo.
- O roteiro escrito por Flovia Lins e LGBayo foi capaz de criar motivações que também convenceram cada uma das novas.
- Todos os feiticeiros envolvidos – Ot-vio Muller.
- Maria Clara Gueiros.
- Mariana Ximenes e Ailton Graca – têm um envolvimento significativo na trama e retorno dos detetives originais – Letaica Pedro.
- Caio Manhente e Caué Campos – também tem uma função narrativa.
- Não só é a simples observação de quanto crianças mais velhas cresceram.
- Para quem acompanhou a série na televisão.
- Ainda há o gosto da continuidade respeitada aliada à curiosidade para saber até que ponto os personagens que iniciaram essa trajetória se levaram.
Por outro lado, há também uma certa irregularidade na narrativa que resulta não apenas da lacuna entre os protagonistas – Pedro Henriques Motta, Pippo, é de longe o mais carismático – mas também de um excesso de didativismo. Por outro lado, essa posição é até compreensível, devido ao público-alvo do longa-metragem, ainda há um exagero no sentido de entregar todas as informações bem mastigadas, portanto não há dúvida, o que causa algum cansaço. , o filme traz inúmeras referências visuais ao universo mágico criado nos filmes de Harry Potter, que, ao mesmo tempo em que facilita a identificação do universo mágico, demonstra certa falta de criatividade.
No entanto, o problema mais grave que ele apresenta é o comportamento, principalmente na forma como os três detetives tratam o goleiro Severino (Ronaldo Reis, certo) quando precisam de sua ajuda com o clube móvel. A posição incisiva das crianças, que as comandam. ajudá-los de alguma forma é um reflexo de um preconceito enraizado em relação aos subordinados, no sentido de que eles têm a obrigação de atendê-los a qualquer momento, mesmo que, neste caso, sejam filhos do chefe. , tão arraigado na sociedade, apresenta-se como algo camuflado, “natural”, que não esconde o contexto do preconceito que existe por trás de tais atos. Sem esquecer o estereótipo que Severino representa, o típico nordeste ingênuo que veio à cidade grande em busca de uma vida melhor e, portanto, está sujeito a tais situações.
Apesar disso, é um filme que apela ao seu capricho na execução, seja através de roteiro, caracterização ou decoração em si, nesta fase o filme tem uma vantagem: a aliança com a Marinha, que permitiu gravar cenas com um submarino real. Essa situação agrega muito à imaginação das crianças, o principal objeto deste longa-metragem, e também funciona bem na dinâmica narrativa apresentada. Com um elenco adulto coeso, onde o maior destaque (até agora) é com Tamara Taxman Leoc-dia, é um filme bem feito que se relaciona competentemente com seu público-alvo, mesmo que esteja sempre colado a um certo tom televisivo.