Algumas comédias originais da Netflix, como Modo Avião, A Citação Perfeita, e Para todos os caras que já amei antes, têm um padrão que dá muita importância a eventos que a maioria pode chamar de “clichês”, seja em relação a determinados personagens ou, mas nesses exemplos, tais histórias funcionam principalmente porque enfrentam a escolha certa de distribuição – de Larissa Manoela a Lana Condor – e tramas diretas no que significam.
No caso de Ricos de Amor, Giovanna Lancelotti é o destaque da produção nacional, porém, isso não é o mesmo quando você olha para o roteiro dessa comédia romântica, inserindo muitas tramas paralelas à novela principal de Paula (Lancelotti) e Teto (Danilo Mesquita), o filme dirigido por Bruno Garotti (Cinderela Pop) quer falar sobre muitos temas ao mesmo tempo : a escolha entre seguir os mesmos passos de um pai rico ou criar seu próprio destino, o abuso do chefe de Paula no hospital. onde você trabalha, uma aposta entre Teto e seu amigo Igor (Jaffar Bambirra) e os romances adjacentes.
O filme tem um casal romântico carismático, mas prioriza o humor
Com isso, a verdadeira mensagem do novo filme da Netflix – o desenvolvimento interno de Teto a partir do momento em que ele começa a atuar como um garoto “comum” e não apenas como um playboy milionário – é deixada de fora com tantos temas abordados na mesma trama. É justo dizer que a dinâmica entre Teto e Paula funciona e cria uma evolução plausível para ambos os personagens, e de alguma forma também fortalece todo o ambiente, mas nem tudo parece natural.
Grande parte da falta de naturalidade em diálogos e situações-chave (como a descoberta de Teto por Paula ou qualquer coisa envolvendo a troca de nomes entre o protagonista e Igor) se deve aos propósitos da montagem, que é sempre interrompida abruptamente. o roteiro reúne diferentes tramas para abordar os problemas atuais e conversar com o protagonista, isso é feito de uma nova forma, pois apresenta, desenvolve e resolve os problemas de Teto com facilidade duvidosa.
Há também um certo estilo de “esboços” cômicos que não dão muita seriedade a um filme fictício, especialmente quando se trata de um romance contemporâneo. Não temos muito tempo para nos aproximarmos do casal principal da mesma forma que acontece em Todos os Garotos, por exemplo, porque em Amor’s Ricos, o diretor se preocupa mais em mostrar a pluralidade e variedade de personagens na organização, pois quer aproveitar ao máximo todo o elenco – e, portanto, garantir mais momentos de comédia – na escala. entre humor e romance, o filme pesa mais para a primeira escolha, deixando menos espaço para o casal principal brilhar.