Além da necessidade de montar uma narrativa documental com diferentes dispositivos (como contação de histórias offline, imagens de arquivo, etc. ), o novo filme de Maria Augusta Ramos é um excelente exemplo de que os fundamentos desse gênero são o que já está em sua definição oficial. : o documentário é a apresentação da realidade. Don’t Touch My Companion tem uma estrutura semelhante ao Processo O, mas com conteúdo mais compreensível, sem os termos técnicos vistos na produção de Dilma Rousseff. Tell envolve várias camadas de reflexão e permanece complexo.
Em 1991, um grupo de trabalhadores da Caixa bloqueou as agências para as quais trabalhavam para reivindicar seus direitos, inclusive aumentando seus salários, resultando na demissão em massa de 110 funcionários do banco e, posteriormente, outra grande manifestação de profissionais com bem-estar coletivo em mente. O que aconteceu durante essa greve, sob o governo de Collor, foi um ato de altruísmo raro que ainda ressoa na vida daqueles que a viveram bravamente. ano, que se tornou uma das atitudes sindicais mais importantes de nossa história.
- Não Toque Meu Companheiro explica o contexto de toda a situação através de diálogos entre profissionais do presente.
- As pessoas se lembram dos fatos.
- Olham fotos antigas.
- Falam sobre o ex-presidente Collor em descrença.
- Sem explicação didida do que aconteceu no início dos anos 1990 porque suas palavras sintetizam tudo facilmente.
- Sem demora.
- Bem como suas emoções quando falam abertamente sobre as dificuldades que enfrentaram desde o momento em que foram demitidos.
DOCUMENTÁRIO DO OBSERVER DESTACA A SEMELHANÇA ENTRE ONTEM E HOJE
Ao longo da troca que temos testemunhado ao volante do diálogo, é interessante notar como o conteúdo está cada vez mais chegando ao atual cenário político, é impressionante olhar para as semelhanças entre governos democráticos de forma tão cristalina, especialmente porque o diretor não obriga eles estão lá para que todos possam vê-los, apenas tenha cuidado.
O que Maria Augusta Ramos prefere no documentário é seu tom de observação, agindo quase como um companheiro do espectador, é aquele que move a história da forma mais adequada, pois dá todo o espaço necessário para os personagens trabalharem no Ao mesmo tempo, insere passagens poderosas da professora de filosofia Marilena Chaui, que fornece analogias relevantes entre o governo Collor e o atual governo de Bolsonaro.
O estado mínimo e o neoliberalismo são citados várias vezes, tanto pelo grupo de trabalhadores que falam do capítulo da história que viram com os próprios olhos quanto nos discursos de Collor na época. Ramos não precisa se esforçar para passar sua mensagem. Claramente: o governo de ontem tornou-se o governo de hoje. Ou é o contrário? Combinado com todos esses elementos, o filme encontra seu propósito ao se virar para falar sobre o presente, expondo algumas das raízes de problemas que nunca realmente desapareceram.