O novo Brinquedo Assassino não é um filme que finge levar a si mesmo a sério, mas também não leva seu lado frívolo em tudo. Ao contrário do de 1988, Chucky agora é mais do que uma boneca, é uma inteligência artificial criada pela empresa. Kaslan, que, em clara referência às multinacionais no campo da tecnologia, valoriza a integração total de seus serviços. Buddi – nome comercial do produto, antes de ser batizado pelos respectivos proprietários – vai além das funções lúdicas, é um “companheiro familiar” e realiza ações básicas no ambiente familiar, como desligar e acender as luzes, ligar e desligar a TV e até mesmo executar o aplicativo automático da empresa, semelhante ao Uber.
Há uma óbvia, embora superficial, intenção de desafiar a obsessão atual com lançamentos tecnológicos e consumo de massa desenfreado, uma característica que há muito tem sido associada à antologia Black Mirror. Para enfatizar esse aspecto, o diretor Lars Klevberg adota um tom caótico em algumas cenas. , traçando um paralelo com o habitual empurrão da Black Friday americana, com multidões correndo em direção ao brinquedo, como se a nova aquisição dependesse de suas vidas, portanto, é claro que não pretende criar um mistério sobre a origem maligna da boneca, o motivo que o leva a se tornar um assassino é relatado no primeiro ato do longa-metragem, e, a partir desse momento. , o suspense é decidido esperar pela morte sangrenta do personagem icônico.
- É interessante notar como.
- Apesar do “defeito” da fábrica.
- Chucky não se torna arbitrariamente cruel.
- Não mata simplesmente porque não consegue se conter.
- Há um processo revelador de reflexão do comportamento humano.
- No qual ele baseia suas ações e cataloga seus discursos para se adaptar à rotina e desejo de seus proprietários.
- Vendo Andy rir quando vê O Massacre da Serra Elétrica ou desejar que seu sogro o deixe em paz para sempre.
- Chucky banaliza a violência sem poder recorrer a qualquer ambiguidade por ser literal em suas interpretações do discurso dado por aqueles ao seu redor.
- O brinquedo tem suas motivações muito claras: diante do crescente descontentamento de Andy Chucky está convencido de que seu papel fundamental é mudar a situação de seu melhor amigo.
- E para isso.
- Nada é mais “natural” do que um assassinato uma vez celebrado pela criança.
- Na lógica dos fantoches.
- Não há separação entre ficção e realidade.
- Tudo é um só.
- E enquanto você tenta se desarmar com a personalidade ingênua e.
- Ao mesmo tempo.
- Aterrorizante esent Chucky.
- O filme incorpora alguns de seus momentos mais engraçados.
Talvez por toda essa contextualização, a figura de Chucky acaba se tornando menos assustadora e intimidadora do que na versão original, aqui o maior esforço aqui é manter um suspense psicológico, porque, à medida que a boneca se familiariza com as contradições humanas, começa a manipular situações. para alcançar seu objetivo de isolar Andy de todos ao seu redor e mostrar que ele é o único que realmente se importa com a criança. Chucky é sutil, calculista e sempre parece estar um passo à frente dos outros, então ninguém sequer pensa que ele é o espírito por trás dos assassinatos, reforçado, é claro, pelo fato de que ele é um brinquedo.
Apesar de toda a construção da personalidade da boneca nos dois primeiros atos, que o teme mais por sua inteligência do que por qualquer outro atributo, é decepcionante ver o roteiro de Tyler Burton Smith abandonar completamente a lógica do brinquedo quando inserido em um ato final que torna seu sadismo espetacular. É como se Chucky de repente quisesse machucar Andy e Karen. Uma decisão que simplesmente não se torna um desastre total devido à eficiência de Klevberg na gestão da cena do supermercado, que lhe dá direito a todas as características de um apocalipse zumbi e finalmente explorando seu lado lixo, até agora abordado timidamente. No final, o maior obstáculo é não decidir o que você quer ser.
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