Chamar Edward Norton de diretor de salto seria uma simplificação, afinal, seu primeiro e único longa-metragem estreou em 2000, o divertido Have Faith. Quase duas décadas depois, ele assumiu o lugar do diretor (e também do roteirista) em um projeto muito mais ambicioso que, mais uma vez, homenageia sua amada Nova York, mas que não funciona muito bem.
Baseado no livro homônimo escrito por Jonathan Lethem, o principal apelo do filme é a inusitada de seu personagem principal: Lionel Essrog, um detetive incomum com síndrome de Tourette, que o faz tocar compulsivamente as pessoas ou, sem motivo, falar aleatoriamente. Alguns xingando, o próprio Norton decidiu tomá-lo e, em muitos momentos, até parece se divertir com as reviravoltas incontroláveis do personagem, o problema é que é uma piada repetida até a exaustão, engraçada nas primeiras vezes e cansada nas inúmeras repetições, especialmente porque acontece que no final tal peculiaridade realmente não influencia o curso da história. É muito mais um alívio cômico do que uma forma pela qual eu possa contribuir de alguma forma para a pesquisa utilizada, o que é uma grande decepção!
- Some-se a isso o fato de que.
- à medida que o filme progride.
- Os próprios personagens nem se importam com os insetos de Lionel.
- Que.
- Por sua vez.
- Sempre insistem em se desculpar.
- Comportamento que é perfeitamente compreensível para aqueles que o conhecem há muito tempo.
- Mas podem ser notados até mesmo por aqueles que o conhecem pela primeira vez.
- Um exemplo é o personagem de Alec Baldwin.
- Que nem sequer reage a cada ato incomum de seu protagonista.
- O que mina muito a coesão do palco.
Inspirado nos filmes policiais dos anos 1950, Brooklyn – Sem Pai ou Mãe até faz um bom trabalho da época, especialmente nos figurinos, combinado com uma trilha sonora que investe pesado em jazz para dar ritmo à história. relação entre Lionel e seus colegas com o líder da equipe Frank Minna (Bruce Willis, burocrático em uma participação muito pequena), o que logo coloca a equipe em perseguição de seus assassinos. Sem nenhuma ideia, cabe a Lionel atravessar a cidade em busca de inspiração.
É essa jornada que, animada pela narrativa offline que traz suas próprias memórias e divagações sobre o caso, faz o filme ser executado em círculos por muito, muito tempo. Extremamente detalhado e confuso, Brooklyn – Sem pai ou mãe logo se torna um imenso exercício de paciência, buscando um resultado, mesmo que questões interessantes surjam aqui e ali, como considerar a falta de informação dos repórteres de televisão às custas da mídia impressa, com direito a uma bela ironia, refletida no Presente, e algumas nuances que aproximam o personagem de Alec Baldwin do perfil de Donald Trump. , é pouco para manter o interesse por 144 minutos.
Com sérios problemas de ritmo, Brooklyn – Nenhum Pai e Mãe ainda não dá um resultado precipitado, no sentido de que as respostas procuradas de repente aparecem. Em seu segundo trabalho no Conselho de Administração, Edward Norton demonstra que ainda precisa aprender muito para empreender um projeto mais simples.
Filme visto no Festival de Cinema de Toronto em setembro de 2019
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