A mulher no calendário

Durante a apresentação ao público deste projeto, a diretora Helena Ignez disse que se tratava de um “filme utópico”, que busca “descolonizar o pensamento”. “Utópico” significa a criação de uma sociedade anticapitalista, na qual não há desigualdades sociais. Por “descolonização”, imagine uma estrutura fora do cinema comercial, adotando questões políticas, sociais e estéticas tipicamente brasileiras. A Garota do Calendário busca salvar o espírito anárquico do cinema marginal, do tropicalismo e de outras vanguardas dos anos 60 e 70. A protagonista não é a filha do título, mas o mecânico In-cio (André Guerreiro Lopes), que deu à família rica e agora vive em pequenas contas, sofrendo a exploração do chefe tirânico, representação grotesca do ganancio. Para refletir sobre a realidade, a trama prefere o absurdo à realidade. Entre na cena esqueça. . .

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