Na primeira imagem de A Bruxa, a família principal está representada de costas, um tribunal os acusou de heresia, expulsando o pai, a mãe e cinco filhos da comunidade. Estamos em meados do século XVII na Nova Inglaterra, onde qualquer desvio da religiosidade padrão é interpretado como uma grave ameaça ao funcionamento social, ou seja, a bruxa do título pode ser tanto a figura particular da bruxa quanto a metáfora do elemento dissonante, perseguido pela comunidade, como dizem na frase “caça às bruxas”. A exclusão do núcleo familiar desencadeia os terríveis acontecimentos do filme. O diretor e roteirista Robert Eggers faz um excelente trabalho combinando religiosidade e misticismo, cristianismo e natureza. Por um lado, esta família de moral rígida acredita nas forças do mal que vivem na floresta, por outro lado, carrega consigo a típica culpa da moralidade cristã: se a colheita do milho falhar. . .
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